Carreira

 



Anotações úteis sobre carreira III

 

 

 

Confira minha terceira  série de anotações retiradas de meus posts do Carreira 2.0 que podem ser úteis para um profissional em vários momentos de sua trajetória:

Quantas vezes você achou que tomou a decisão certa, mas sem ter uma base racional para saber se de fato estava certo? “Entender como somos previsivelmente irracionais é o ponto de partida para melhorar nossas decisões e mudar nossas vidas para melhor”, nos ensina o economista e psicólogo americano Dan Ariely.A carreira é uma escolha previsivelmente irracional?

Reconheço nessa juventude que chega às posições empresariais, seja qual for o nível hierárquico, uma rejeição das fórmulas prontas, que colocam a solução do problema para uma entidade externa. Percebo que, progressivamente, a passividade vem sendo superada pela proatividade.‘Fazer Pensar’ alimenta os novos talentos

Não fomos educados para perder. Cada vez mais, as famílias estão preocupadas em evitar que seus filhos passem por frustrações. Queremos tudo, menos que nossas crianças sofram. Boas notas, passar de ano, entrar na melhor faculdade, conseguir o primeiro emprego, ser feliz no amor… e então aparece a definitiva lição: uma demissão.Primeira lição: a demissão

Neste mundo de ação e reação imediata, em tempo real, onde as opiniões são genéricas e os argumentos, rasos, prevalecem as mensagens rápidas e os lugares comuns. Neste mundo em que a tecnologia nos conecta, me surpreende a capacidade de se expressar em 140 caracteres (ou “tweets”) como ocorre no twitter.Um currículo em 140 “tweets”

Sem romantismo, nenhuma empresa é obrigada a manter empregos vitalícios, ou mesmo oferecer zonas de conforto. Diante de um mercado extremamente competitivo, as mudanças são necessárias e a performance é cada vez mais caracterizada pela alta competência. Contudo, o ato de demitir talvez seja uma das decisões mais difíceis a ser tomada por um profissional na vida corporativa.Ao demitir, seja honesto

Em tempos de geração X, Y e Z, você é capaz de reconhecer um funcionário superbactéria? Ele passa a maior parte do tempo sem ser percebido, alojado em algum departamento e com atuação aparentemente inofensiva para a organização. Mantém-se por muito tempo desenvolvendo a capacidade de sobreviver aos choques de gestão, processos de reestruturação e cortes de pessoal.Existem funcionários superbactérias?

Em breve, novas anotações. E você, quais as anotações úteis que fez sobre sua carreira recentemente que pode compartilhar com todos nós?

 

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Apagão de talentos: a falta de engenheiros




Há 30 anos, fazer Engenharia era uma das principais opções dos jovens estudantes que apostavam numa carreira de sucesso. Embora muito procurada, as opções do mercado de trabalho já não correspondiam à realidade nessa área, resultado da recessão que atingia o país.
No começo dos anos 80, é muito lembrada a história do engenheiro que, sem expectativas de atuar em sua área, abriu uma lanchonete na avenida Paulista com o sugestivo nome “O engenheiro que virou suco”. Um símbolo de uma época.
Vivemos uma outra era, agora oposta, para atender a economia aquecida brasileira, que tem conseguido se “descolar” da crise mundial e com dois grande eventos internacionais a serem recebidos nos próximos anos, que exigem forte investimento em infraestrutura.
O Brasil é o país dos paradoxos, e essa falta de engenheiros é um deles. Nos últimos 10 anos, as escolas de engenharia não conseguem “produzir” pessoal qualificado para atender a crescente demanda por este tipo de profissional. Faltaram candidatos, muitos desistiram nos primeiros anos, levando, inclusive, a que cursos tradicionais fossem encerrados.
Agora, o mercado grita por engenheiros. E os que existem, relatam as empresas, não estão preparados.
O Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia (Confea) informa que temos 712,4 mil engenheiros no país. Já um estudo do Conselho Nacional da Indústria (CNI) aponta que, para dar conta da demanda por esses profissionais, seria necessário formar 60 mil engenheiros por ano no Brasil. Mas o que acontece é que que apenas 32 mil obtêm o diploma a cada ano.
O ministro Aloizio Mercadante destacou que, com bolsas anunicadas pelo Governo federal, um dos focos é a formação de mais engenheiros. “No Brasil, formamos um engenheiro a cada 50 formandos, enquanto a Coreia forma um engenheiro a cada quatro formandos. Temos que acelerar essa formação”, explicou o ministro.
Enquanto isso, a China forma, por ano, 400 mil engenheiros, a Índia, 250 mil, a Rússia, 100 mil, e a Coreia do Sul, 80 mil. Não é justo comparar o Brasil com países que têm tradição de investimento na educação de médio e longo prazos. Mas a considerar que a decorrência dessa situação reflete-se no aumento dos salários dos engenheiros, a engenharia representa uma área de grande potencial de importação de mão de obra.
Acompanho rumores de que existem estudos para reduzir para três anos a graduação com mais um e meio de mestrado técnico e temo que a solução possa ser um tiro no pé da qualificação profissional. 
Reforço a importância de se fazer parcerias educacionais emergenciais entre as universidades e as empresas, reciclar  os atuais profissionais e apoiar de forma clara e objetiva os atuais cursos de qualidade. Reduzir tempo e qualidade não me parecem as melhores soluções.

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Boa notícia, mas precisamos melhorar


Boa notícia a de que duas universidades brasileiras estão no ranking das 300 melhores instituições de ensino do mundo, avaliação realizada anualmente pela organização internacional de pesquisa educacional Quacquarelli Symonds. Mas ainda é insuficiente.
A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Campinas (Unicamp) ficaram na 169ª e 235ª posições respectivamente.
Considero o desenvolvimento da Educação a base para a construção consistente de um país melhor no futuro. A riqueza desta nação está em formação nos bancos escolares. Se considerarmos o ranking um instrumento de comparação válida, percebemos a importância de melhorar nossa competitividade neste campo.
O avanço tem que ser comemorado. A USP subiu 84 posições e a Unicamp, 57. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também cresceu, aparecendo na 381ª posição. Que possamos almejar aumentar a quantidade de universidades que estarão ao lado dessas instituições. Um trabalho que não é de curto prazo, mas que merece nossa atenção já.
O grau de empregabilidade de alunos recém-formados pesa na nota final da instituição. O valor atribuído à escola é resultado ainda da combinação de quesitos como reputação acadêmica, artigos publicados, o número de professores e estudantes estrangeiros e relação estudante/faculdade.
A primeira colocação, pelo segundo ano consecutivo, foi da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Em segundo lugar ficou a universidade de Harvard, nos Estados Unidos, seguida pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology).



Se a escada ficou mais curta, olhe para os lados




Lá na década de 90, com a abertura do mercado brasileiro, entramos na era da Globalização. Internet explode e a tecnologia passa a revolucionar os modelos de gestão, com ciclos cada vez menores de transformações. Ser competitivo, fazer mais com menos, redução de custo, integração em tempo real, reestrutuação, reengenharia, downsizing
Resultado: passamos de sete níveis gerenciais para três. Em alguns setores, apenas dois. A gerencia média deixou de existir em algumas empresas. Longas carreiras desenvolvidas em uma única empresa viraram histórias de museu.
A carreira ”vertical” perdeu degraus e a escada ficou mais curta.
As empresas iniciaram um processo para descolar benefícios dos cargos. Quem ganhava  o título não necessariamente levava junto almejados benefícios que, até então, aquela posição oferecia. Os beneficios passaram a acompanhar mais a meritocracia e os resultados do que as titulações. A guerra por títulos mudou por uma busca pelas funções que representavam oportunidades de ganhos ligados a resultados.
A carreira passou a ter uma perspectiva mais horizontal e nos transmite uma mensagem muito clara: precisamos olhar mais para o lado do que para cima, onde se encontram oportunidades na mesma linha, mas com responsabilidades e desafios diferentes. De recursos humanos para logística, de vendas para o marketing, da produção para atendimento ao cliente, da pesquisa para vendas (leia mais em Procure um emprego onde ele não está).
Esse “andar de lado” amplia a experiência e o retira do mundo dos “especialistas”.
Não se concebe mais para um profissional ambicioso que inicie sua carreira numa área de atuação e venha a se aposentar ou findar sua carreira na mesma função. A dinâmica do mercado que pressiona os presidentes e a alta gerência por melhores resultados faz com que eles contem com pessoas de negócio e não especialistas funcionais.
Só dessa forma o profissional pode hoje aspirar por uma posição de destaque.

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